sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Observe Orionte e seus vizinhos neste Natal


(Astronomia On Line - Portugal) A seguir à Ursa Maior, provavelmente o grupo de estrelas mais conhecido no céu é a constelação de Orionte.

Situada no equador celeste, Orionte é uma constelação de "oportunidade igual", isto é, visível de todas as partes do mundo à excepção das regiões polares extremas.

Orionte é constituída por um grande rectângulo de estrelas - incluindo as estrelas de primeira magnitude Betelgeuse e Rigel em cantos opostos - com uma esplêndida linha de três estrelas igualmente brilhantes que formam a cintura de Orionte no centro. A partir da cintura de Orionte "penduram-se" outras três estrelas, formando a espada de Orionte.

Que Orionte seja o seu guia para as estrelas de Inverno (ou Verão, se está a sul do equador).

Olhe para Sul por estas frias noites de Inverno e avistará depressa Orionte. Procure primeiro o estranho rectângulo com a avermelhada Betelgeuse num canto e a azulada Rigel no canto oposto. No meio das duas estão as três estrelas da cintura de Orionte.

Estas três estrelas apontam na direcção da alaranjada/avermelhada Aldebarã na constelação de Touro e do enxame das Plêiades, bem como da azulada Sirius, a estrela mais brilhante do céu e da constelação de Cão Maior na direcção oposta.

A linha que passa por Rigel e Betelgeuse vai dar à constelação de Gémeos, que tem as estrelas gémeas Castor e Pollux. Para sul de Gémeos está a brilhante estrela Procyon. Se tem acesso a céus escuros, poderá avistar alguns dos companheiros mais ténues de Orionte. Unicórnio é o lar de alguns dos mais ricos enxames estelares da Via Láctea. A constelação de Erídano contém muitas galáxias ténues à medida que viaja para sul na direcção de Canopus, a segunda estrela mais brilhante do céu.

Com um céu despoluído pode ver mais da constelação de Orionte. Numa mão o caçador segura no seu escudo com que se protege do furioso Touro. Na outra ele tem uma moca com que ameaça os seus inimigos.

Mesmo para sul da cintura de Orionte está a sua espada. Se olhar cuidadosamente com binóculos, consegue ver que cada estrela na espada é na realidade um enxame estelar ou estrelas múltiplas, sendo a "estrela" do centro a maior jóia do céu, a Nebulosa de Orionte. A olho nu é um bocado enevoada, com binóculos ainda mais.

Mesmo o mais pequeno telescópio revela a sua verdadeira natureza: é uma nebulosa, uma nuvem de gás e poeira, um esplêndido berçário onde nascem estrelas. São facilmente visíveis nuvens de gás em torno do brilhante conjunto de estrelas, o Trapézio, no seu núcleo.

Quantas estrelas consegue ver no Trapézio? Os pequenos telescópios mostram quatro, mas os maiores conseguem revelar mais estrelas, todas rodeadas pelo brilho da nebulosa.

Se tiver um telescópio com quatro polegadas de abertura ou mais, observe cuidadosamente Rigel. É um lindo binário: a sua brilhante estrela primária é acompanhada por uma pequena estrela secundária.
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E mais:

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